Ranking mundial da felicidade: Brasil está um pouco mais feliz do que há 10 anos

Ranking mundial da felicidade: Brasil está um pouco mais feliz do que há 10 anos

O novo “World Happiness Report” (Relatório Mundial da Felicidade), divulgado no fim de março deste ano, mostra que os brasileiros estão um pouco mais felizes do que estavam por volta de 12 anos atrás. O estudo realizado entre 2006 e 2010, com mais de 140 países, colocou o Brasil no 49º lugar no ranking mundial de países mais felizes, enquanto os resultados mais recentes nos posicionam na 44a posição. 

No topo da lista, os três primeiros lugares são ocupados respectivamente por Finlândia, Dinamarca e Islândia. Já os Estados Unidos (este ano em 23º lugar) saíram do top 20 pela primeira vez desde a primeira publicação do relatório em 2012. Esse resultado foi impulsionado por uma grande queda no bem-estar dos americanos com menos de 30 anos. E o Afeganistão continua no último lugar da classificação geral, como a nação “mais infeliz” do mundo.

Fruto da parceria entre a Gallup e o Centro de Pesquisa de Bem-Estar da Oxford, supervisionado pela Rede de Soluções de Desenvolvimento Sustentável da ONU, o relatório deste ano se concentra em classificar a felicidade das pessoas em diferentes estágios da vida. Essa é a primeira vez que o estudo adota essa abordagem.

Com esses novos enfoques, descobrimos que a Lituânia encabeça a lista de jovens com menos de 30 anos mais felizes do mundo, enquanto a Dinamarca é líder para quem tem 60 anos ou mais. Ao comparar gerações, os nascidos antes de 1965 são, em média, mais felizes do que os nascidos desde 1980. Entre os millennials, a avaliação positiva da própria vida diminui a cada ano de idade, enquanto entre os boomers, a satisfação com a vida aumenta com a idade.

Segundo a pesquisa, na maioria dos países, a satisfação com a vida cai gradualmente desde a infância, passando pela adolescência até a idade adulta. Globalmente, os adolescentes entre 15 e 24 anos relatam maior contentamento do que os adultos de 25 anos ou mais. Mas esta disparidade está diminuindo na Europa e foi recentemente invertida na América do Norte, devido à queda na satisfação com a vida entre os mais jovens.

No Brasil a situação é complexa: o país ocupa a 60ª posição no ranking das pessoas abaixo dos 30 anos de idade, enquanto está em 37º entre a faixa etária acima dos 60. Ou seja, comparada a de outros países, aqui a população de terceira idade é mais feliz. Porém, quando comparamos apenas jovens e idosos brasileiros, percebeu-se que os jovens são mais felizes.

Pensando no público infanto-juvenil, a nível mundial, os jovens entre 15 e 24 anos experimentaram maior satisfação com a vida entre 2006 e 2019 e isso se manteve estável desde então. Porém, analisando recortes regionais, houve variações. O bem-estar da juventude caiu na América do Norte, oeste da Europa, Oriente Médio, Norte da África e Sul da Ásia. No resto do mundo aumentou.

Comparando homens e mulheres em países de alta renda, as meninas relatam menor satisfação com a vida do que os homens por volta dos 12 anos. Essa disparidade entre os gêneros aumenta aos 13 e 15 anos, e a pandemia ampliou essas desigualdades. 

Para idades entre 15 e 24 anos, dados globais não mostram diferenças de gênero de 2006 até 2013. Mas a partir de 2014, as meninas começaram a relatar mais satisfação com a vida do que os meninos, embora a diferença tenha se estreitado após a pandemia – movimento inverso comparado aos mais jovens. Vale ressaltar que a disparidade global de gênero mascara peculiaridades regionais e é mais pronunciada em países de renda mais baixa, sem diferenças observadas em países de rendimento elevado.

No estudo, as classificações se baseiam numa avaliação média de três anos de cada população sobre a sua qualidade de vida. Especialistas interdisciplinares das áreas de Economia, Psicologia, Sociologia, entre outras, tentam explicar as variações entre os países ao longo do tempo, usando fatores como PIB, expectativa de vida, ter com quem contar, sensação de liberdade, generosidade e percepções de corrupção.

Esses fatores ajudam a explicar as diferenças entre os países, enquanto as próprias classificações são baseadas apenas nas respostas que as pessoas dão quando solicitadas a avaliar suas próprias vidas.

Texto: Marcela Braz.

Dois exercícios poderosos de autocompaixão para transformar a autocrítica

Dois exercícios poderosos de autocompaixão para transformar a autocrítica

Ano passado publicamos uma newsletter falando sobre as vantagens de se desenvolver a autocompaixão, uma habilidade que nos permite ter maior autoestima do que autocrítica, bem como maior aceitação de nós mesmos, maior senso de interconectividade com as pessoas e maior estabilidade emocional, entre outros benefícios.

Mas para se aproveitar os frutos dessa prática é preciso… Praticar. Por isso trago dois exercícios importantes do livro “Autocompaixão – Pare de se torturar e deixe a insegurança para trás”, da pesquisadora americana especialista em autocompaixão Kristin Neff. Eles nos ajudam a recuperar e voltar para nós mesmos a habilidade humana inata de sentirmos compaixão. E, portanto, autocompaixão.


A carta

A primeira parte deste exercício consiste em identificar algo ou uma situação que te cause um sentimento de inadequação, ou insatisfação consigo. Pode ser algo da sua aparência física, um problema no trabalho, ou em algum relacionamento. Pensando nesse exemplo, como você se sente? Identifique quais emoções surgem quando pensa a respeito desse aspecto de si mesmo.

Pronto. Agora pense num amigo imaginário, incondicionalmente amável, aberto, bondoso e compassivo. Imagina que ele possa ver todos os seus pontos fracos e suas fortalezas, incluindo isso que você acabou de pensar. Agora escreva uma carta para si mesmo, a partir da perspectiva desse amigo bondoso. O que ele diria sobre essa sua “falha”, sob a ótica da compaixão ilimitada? O que esse amigo escreveria para te lembrar de que você é apenas humano, assim como todos os outros, que têm pontos fortes e fracos?

Tente trazer na carta um forte senso de aceitação pessoal, bondade e carinho, além de desejos de saúde e felicidade. Guarde-a e a leia após um tempo, deixando que as palavras generosas te toquem de verdade. Isso nos mostra, de maneira prática, como o amor, a conexão e a aceitação estão sempre conosco, dentro de nós. Assim, podemos acessá-los sempre que precisarmos.


As duas cadeiras

Este exercício tem como modelo o diálogo de duas cadeiras estudado pela terapeuta Leslie Greenberg, da abordagem Gestalt. A ideia é sentar-se em cadeiras diferentes para nos ajudar a entrar em contato com diferentes partes de nós, muitas vezes conflitantes.

Primeiro organize três cadeiras vazias, em um arranjo triangular. Depois, pense em uma situação que te provoca uma autocrítica severa. Eleja uma cadeira para representar a voz da sua autocrítica, outra para simbolizar a parte de você que se sente julgada e uma terceira para retratar um observador sábio e compassivo.

Pode parecer um pouco bobo fazer esse exercício, mas funciona. Sentar em cadeiras diferentes e emular um papel específico tem um efeito surpreendente.

Sente-se primeiro na cadeira do autocrítico. Nela, fale sobre o que sua autocrítica está pensando e sentindo em relação à situação escolhida. Um exemplo: “acho ridículo você ficar ansiosa com isso. É só sentar e fazer seu trabalho”. Note as palavras, o tom de voz, a postura e como essa parte de você se sente.

Em seguida, se sente na cadeira do criticado. Entre em contato com quais sentimentos e emoções emergem ao ouvir isso e fale sobre como você se sente, respondendo para o crítico. Algo como: “eu me sinto muito triste e fico com raiva quando você fala assim comigo. É como se nada do que eu fizesse fosse bom o suficiente. E isso me deixa mais ansiosa ainda”. Mais uma vez, observe o tom de voz e a postura corporal desse aspecto seu.

Vá permitindo um diálogo entre essas duas partes, até que cada uma expresse totalmente seu ponto de vista e seja ouvida. Agora ocupe a cadeira do observador compassivo e invoque sua mais profunda sabedoria, preocupação afetiva e compaixão para se dirigir a ambas as partes. O que diz seu eu compassivo para o crítico? Um exemplo, pensando na linha de raciocínio acima, pode ser: “isso parece com como sua mãe falava com você, né? Vejo um grande medo seu de que o trabalho não seja feito e que isso te prejudique”.

E para o criticado? “Deve ser muito difícil ouvir esse tipo de crítica e julgamento todos os dias. É uma voz que te oferece mais um peso do que ajuda. E tudo o que você queria era ser aceita como é e se sentir livre para errar, como todo mundo, e fazer suas atividades da maneira que achar melhor.”

Ouvindo a fala do observador, tente relaxar e se abrir para essas mensagens. Quais palavras compassivas surgem naturalmente? Qual é seu tom de voz e sua postura corporal?

Quando o diálogo terminar, reflita sobre o que aconteceu, quais são seus padrões de funcionamento e quais as novas maneiras de ver a situação podem ser mais produtivas. Estabeleça a intenção de se relacionar consigo de forma mais gentil e saudável. Por debaixo dos velhos hábitos de autocrítica há uma voz que já está lá, e ela é sábia e compassiva. Basta ouvi-la.

Texto: Marcela Braz.

LEO NA MÍDIA: “O que adianta o aluno saber fissão nuclear e não saber quem ele é?” – Revista Educação

LEO NA MÍDIA: “O que adianta o aluno saber fissão nuclear e não saber quem ele é?” – Revista Educação

 Prof. Leo Fraiman foi entrevistado pela jornalista Maria Eugênia da @revistaeducacao sobre a importância da abordagem humana estar presente dentro e fora da sala de aula.

Leo destaca a necessidade dos docentes entenderem a importância do projeto de vida e das competências socioemocionais, temas que ele abordará em sua palestra no GEDUC (@geducoficial), que será em 05 de abril de 2024!

Confira o artigo AQUI!

I Encontro Nacional OPEE 2024

I Encontro Nacional OPEE 2024

1º Encontro Nacional OPEE 2024

Quando:  06 de março, das 19h às 20h30 (horário de Brasília) – on-line

Tema: Mapear competências e inspirar atitudes: caminhos e possibilidades de avaliação socioemocional

Para quem: Educadores das instituições de ensino parceiras da Metodologia OPEE de todo o Brasil (evento exclusivo para escolas parceiras)

Neste encontro conversaremos sobre a importância da avaliação e como ela faz parte do dia a dia de todos nós. Com profissionais convidados e educadores, nosso bate-papo será sobre caminhos e possibilidades de mapear as competências socioemocionais, tão essenciais para o desenvolvimento de projetos de vida autênticos e éticos. Falaremos também sobre a parceria com o Instituto Ayrton Senna, por meio de um instrumento avaliativo destinado às Séries Finais e Ensino Médio.

Solicite as informações com o Assessor Pedagógico de sua escola!

Primeiros passos para construir uma vida mais feliz

Primeiros passos para construir uma vida mais feliz

Há décadas, a ciência tem se debruçado sobre a felicidade e como podemos ser mais felizes. Então, hoje, podemos colher os frutos de achados científicos de numerosos estudos. Nessa linha, o especialista em felicidade Tal Ben-Shahar compila esse conhecimento, aliado à sua experiência pessoal, e nos fornece um caminho a seguir no livro “Seja mais feliz: Aprenda a ver alegria nas pequenas coisas para uma satisfação permanente”. 

Um dos elementos mais importantes citados pelo autor é entender que a felicidade é a experiência geral de prazer e de significado. E é uma busca para toda a vida, resultado de se engajar em tarefas que tragam benefícios no presente e no futuro. 

Ou seja, para sermos felizes, precisamos equilibrar esses dois aspectos, o de sentir prazer com significado agora, mas também fazer alguns sacrifícios pelo prazer com significado futuro. Por isso, é crucial vermos claramente se nossas escolhas e atividades estão alinhadas com o que nos faz e nos fará felizes. 

Um dos exercícios mais importantes do livro é sobre isso, mapear sua vida e identificar ao que você tem dedicado seu tempo. Depois, criar um mapa para uma vida mais feliz, elencando como gostaria de viver sua jornada e quais hábitos gostaria de adotar.

Mapeando sua vida

Por uma ou duas semanas, tire um momento no final do dia para registrar suas principais atividades diárias. Anote o que fez e quanto tempo gastou com isso. Ao final da semana, compile todas elas, some o tempo gasto e atribua uma nota ao significado e ao prazer que aquela tarefa tem. 

Para isso, você pode adotar uma escala de 1 a 5, sendo 1 atribuído a pouco significado ou prazer, enquanto 5 é uma nota para algo muito significativo e prazeroso. Parece complicado e trabalhoso? Te prometo que não é. E que vale a pena.

Por exemplo, vamos supor que, em uma semana, você passou duas horas com sua família. Isso te dá bastante prazer (nota 4) e é algo extremamente significativo para você (nota 5). Portanto, ao fazer esse mapeamento, você percebe que quer se dedicar muito mais a essa atividade. Então coloque ao lado dela o símbolo “++”. Se for algo a que queira se dedicar mais, mas não tanto, use apenas “+”. O mesmo vale para tarefas que gostaria de fazer menos. Use “-” e “–” para ilustrar como gostaria de reduzir o tempo gasto com essas ações.

Qual é o resultado disso? Você vai ver claramente o que tem priorizado, na prática, bem como o impacto disso na sua satisfação geral. Também visualizará com facilidade quais compromissos gostaria de ter mais em sua agenda. Isso nos dá subsídios para fazermos escolhas mais intencionais e assertivas. 

Espelho da integridade

Agora que você já sabe como vem gastando seu tempo e sua energia, é o momento de fazer uma lista de coisas significativas e prazerosas, que te fazem sentir muito feliz. Ao lado de cada item, indique quanto tempo por semana gostaria de se dedicar a essa atividade. 

Com isso, você pode ver se a maneira como está vivendo é congruente com seus valores e com como gostaria de experienciar seus dias. O autor também nos lembra que o tempo é um recurso finito e limitado. Pensando nisso, precisamos sim renunciar a atividades que são menos importantes em nossa lista: dizer “não” a elas nos permite dizer “sim” às que mais valorizamos.

Vale lembrar que esses exercícios devem ser repetidos regularmente, porque nossos padrões levam tempo para mudar. Tal Ben-Shahar sugere tornar um hábito as atividades em que queremos nos engajar, além de criar zonas livres diárias de alguma coisa “negativa” – como ter um tempo livre de usar o celular, ou participar de reuniões, por exemplo. Isso nos permite nos concentrarmos em outras atividades mais importantes.

Com essas duas reflexões principais, conseguimos ter clareza do que está posto e do que gostaríamos que fosse, em linha com os princípios de uma felicidade verdadeira, a do prazer com significado, hoje e no futuro. E, assim, podemos nos comprometer a fazer os ajustes necessários no nosso dia a dia e dar os primeiros passos em direção a uma vida mais feliz.

Texto: Marcela Braz.

Solidariedade: como praticar sem se exaurir?

Solidariedade: como praticar sem se exaurir?

Muitos estudos mostram que dar nos traz mais felicidade do que receber, e que praticar a solidariedade tem impacto na nossa sensação de bem-estar. O altruísmo reduz o estresse, sintomas de ansiedade e beneficia quem tem depressão, além de favorecer a autoestima, gerar empatia e otimismo e aumentar a sensação geral de gratidão.

Mas, quando o tema é fazer bem ao outro, podemos pensar em grandes gestos, ou projetos voluntários que exigem muito tempo, ou recursos que não temos. Outro desafio pode ser o da dificuldade de se encarar o sofrimento humano, como se a benevolência só pudesse acontecer de maneira direta, no contato com grupos de pessoas em risco, ou em grande vulnerabilidade.

Pensando nisso, a ideia desse post é explorar as várias maneiras com as quais cada um pode doar seu tempo, seus recursos e até sua presença respeitando seus limites e condições, sem que isso se torne um peso. É um convite a pensarmos nas pequenas maneiras de introduzir este hábito no nosso dia a dia e lembrar dos imensos benefícios que nos traz.

O que está a seu alcance fazer? Ouvir outro ser humano com total presença e atenção, por exemplo, parece algo pequeno, mas é um bem escasso em tempos de pressa e com excesso de telas. Praticar a escuta ativa, diminuindo o volume dos julgamentos e segurando o impulso de pensar em qual resposta dar, é algo valioso para oferecer.

Doar roupas e objetos que não nos servem mais também é uma maneira simples de se beneficiar e proporcionar algo a quem precisa. Quem prefere colaborar financeiramente pode escolher um projeto ou causa com a qual se compadeça para fazer contribuições mensais, do valor que preferir.

O projeto 365give, fundado pela canadense Jacqueline Way – cujo Ted Talk vale a pena assistir –, ensina, inspira e capacita pessoas a doar, com o objetivo de ajudar a construir um mundo mais feliz e compassivo 365 dias por ano. A premissa é que é possível ser feliz todos os dias fazendo um pequeno ato de bondade, em qualquer uma dessas instâncias: pessoal (pensando em pessoas mais próximas), comunitária, global e ambiental.

Um de seus recursos disponíveis é uma newsletter que dá ideias do que podemos fazer pelos outros, seja outra pessoa, outro animal, ou um benefício para o planeta. Alguns exemplos simples do que chamam de “people give”, ou seja, de uma doação para pessoas, é deixar alguém passar na sua frente na fila, ou fazer um elogio a alguém. Outro, mais robusto, é doar dois dias de água potável, por meio de algum projeto específico voltado para isso.

Doar um celular antigo, abrir a porta para alguém, reduzir o tempo no banho, ser lar temporário para um animal, plantar alguma coisa, agradecer um professor, gerente, ou colega: todas essas contribuições são válidas. Em vez de cedermos ao viés de “ou tudo, ou nada”, pensando que precisa ser algo de grande impacto, que tal começar pequeno?

O importante aqui é avaliar: o que é possível fazer hoje? Se for apenas sorrir para o cobrador do ônibus, que seja. Se algum dia, com mais tempo e mais energia, for viável recolher algumas embalagens jogadas na areia da praia, voltando de um mergulho no mar, ótimo!

Pensando assim, fica mais fácil de chegarmos a realizar um grande feito. E, na pior das hipóteses, já teremos 365 dias de pequenas doações e doses diárias de felicidade para relembrar.

Texto: Marcela Braz

Retrospectiva 2023: um balanço deste ano para a OPEE

Retrospectiva 2023: um balanço deste ano para a OPEE

As festas de fim de ano estão batendo à porta, “e o que você fez?”, nos pergunta a famosa música da Simone e nossas consciências. Dezembro é mês de retrospectiva, de observar com objetividade e clareza toda a jornada percorrida ao longo do ano: os erros, os acertos, as conquistas e as derrotas. Todos têm o seu lugar e fazem parte do caminho.

Dentre as vitórias, fizemos nosso primeiro encontro nacional sobre o resgate da nossa humanidade em tempos acelerados, permeados por um excesso de telas. Além da reflexão sobre vício tecnológico abordada por especialistas nessa área, a parceria com a Oficina de Finanças e a criação da Jornada de Prosperidade apoiou o cultivo da saúde financeira.

Este ano promovemos diversos webinars com famílias e alunos sobre a importância do protagonismo e de termos escolhas mais assertivas, bem como felicidade e saúde mental. Este último tema foi aprofundado em nosso segundo encontro nacional sobre bullying e a construção de uma cultura para a paz.

Além disso, em 2023 realizamos mais um sonho: o de fazer uma parceria com o Instituto Ayrton Senna para oferecer um instrumento de avaliação socioemocional. E lançamos nossa segunda pesquisa com escolas brasileiras, desta vez sobre a educação na era digital e seus desafios. 

Tudo isso, é claro, além do nosso trabalho constante de levar a metodologia OPEE às escolas de todo o país. Nossa equipe de assessores se deslocou pelo Brasil todo com muito mais do que formação docente, conteúdos pedagógicos e plataformas repletas de informações. A cada ano, eles carregam consigo e compartilham mais experiências transformadoras de vida, frutos do esforço contínuo para o desenvolvimento pessoal dos nossos profissionais.

Frente aos desafios atuais, que cada vez mais nos exigem equilíbrio e inteligência emocional, permanecemos unidos, preparados e com as ferramentas necessárias para enfrentá-los. E estamos felizes de ter cada vez mais aliados com quem trocar conhecimentos e partilhar nossa sabedoria. 

Parabéns a todos que fizeram e fazem parte da nossa história. Em um ano voltaremos aqui para registrar novas conquistas. Boas Festas!

Texto: Marcela Braz

Movimento Socioemocional pela Vida

Movimento Socioemocional pela Vida

Hoje queremos te apresentar uma novidade: o Movimento Socioemocional pela Vida!

Em um cenário marcado pela urgência de transformações sociais, os programas socioemocionais Líder em Mim, OPEE, LIV, Escola da Inteligência, Semente, Pleno e Educa se uniram em um movimento nacional a partir das suas referências e propostas pedagógicas.

Em 2023, vivenciamos episódios de violências em diversas escolas ao redor do país. Um contexto que afeta não apenas o desempenho educacional, mas também a saúde mental dos estudantes e educadores.

É chegada a hora de mudarmos essa realidade, tornando as escolas lugares seguros e acolhedores para toda a comunidade escolar.

Com foco no fortalecimento das habilidades socioemocionais, o Movimento Socioemocional pela Vida busca não apenas combater os sintomas de violência, mas transformar a cultura escolar com ferramentas que previnem conflitos, promovem empatia, compreensão e diálogo construtivo para o desenvolvimento integral dos estudantes.

 

CLIQUE AQUI e conheça a página do movimento!

 

 

Faça o download do selo da campanha:

Juntos podemos fazer a escola na qual acreditamos!

Escrever à mão ou digitar: qual é a melhor forma de aprendizagem?

Escrever à mão ou digitar: qual é a melhor forma de aprendizagem?

Já vimos (ou ouvimos falar de) diversas pesquisas publicadas sobre como escrever à mão nos ajuda a reter melhor as informações, até com detalhes de como usar uma caneta azul, especificamente, pode facilitar o processo de memorização de determinado assunto. Mas isso significa renegar um processo irrefreável de incorporação de tecnologia na educação?

Longe de pretender esgotar esse tema, podemos analisar alguns desses estudos e entender quais componentes de cada maneira de se anotar e estudar podem ser benéficos a nossos alunos. 

Um estudo de 2014, feito pela Universidade de Princeton  e pela Universidade da Califórnia, foi confirmado por outra pesquisa da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia, em 2020. Em ambas, descobriu-se que escrever à mão é mais eficaz para a aprendizagem devido ao processo envolvido na atividade. O aluno precisa ouvir, pensar sobre o que foi dito e resumir a informação de maneira compreensiva, uma vez que a escrita com papel e caneta é mais lenta do que a digitação.

Geralmente, quem está usando o laptop tende a registrar rapidamente tudo o que está sendo dito, sem necessariamente refletir sobre isso. Mesmo quando os participantes foram avisados ​​de que a retenção de informações poderia ser prejudicada e aconselhados a pensar enquanto transcreviam, os resultados da primeira pesquisa mostram déficits intelectuais em alunos que tomavam notas usando notebooks.

E tratando-se de crianças e até do processo de aprendizagem da escrita em si, é preciso redobrar a atenção. Os noruegueses enfatizam que, ao utilizar os avanços tecnológicos, é importante garantir que a prática da caligrafia continue a ser uma atividade central na aprendizagem precoce das letras, independentemente de ocorrer com caneta e tablet ou com papel e lápis tradicionais. 

Isso porque, segundo o próprio estudo de 2020, o objetivo da investigação não era proibir os dispositivos digitais na sala de aula e voltar aos anos 1950. Em vez disso, a ideia é criar consciência sobre qual tradição de aprendizagem tem o melhor efeito em qual contexto. 

Portanto, um ambiente ideal precisa incluir o melhor de todas as disciplinas, considerando os pontos fortes e o apoio que cada uma delas oferece. Cabe à escola, munida dos estudos e do embasamento científico, definir os limites da inserção tecnológica no modelo de ensino da instituição.

É preciso avaliar em quais momentos ou tipos de aulas, bem como a faixa etária em questão, é fundamental incentivar a escrita à mão. Por outro lado, estabelecer em quais contextos os dispositivos eletrônicos podem ser úteis e construtivos. Podemos pensar também em como ensinar os jovens a tomarem notas com dispositivos eletrônicos de maneira a potencializar a aprendizagem. Ou seja, usar os achados científicos a nosso favor.

De forma geral, treiná-los também a superar o instinto de escrever tudo que se está ouvindo, ser mais seletivo, raciocinar e registrar os pensamentos formados. E organizar as anotações e revisá-las, por exemplo. Porque, mais velhos, na faculdade e no trabalho, a tecnologia provavelmente será a escolha dominante.

Essa reflexão e a escolha consciente das atividades propostas são mais importantes do que determinismos sobre certo e errado. Aproveitando o que cada técnica tem de melhor, tanto o desenvolvimento cognitivo como a eficiência da aprendizagem podem ser reforçados.

Texto: Marcela Braz.

E-book gratuito com os resultados do Estudo OPEE 2023 – Educadores Brasileiros- educando na era digital

E-book gratuito com os resultados do Estudo OPEE 2023 – Educadores Brasileiros- educando na era digital

 

Acesse aqui o E-BOOK EXCLUSIVO com todos os resultados e análises do Estudo OPEE 2023 – Educadores Brasileiros: educando na era digital:

 

O Estudo OPEE 2023 – Educadores Brasileiros: educando na era digital, apontou que para 67% dos educadores brasileiros as consequências da tecnologia no progresso de crianças e adolescentes é desfavorável, contra 33% que acreditam ser favorável.

 

“O ser humano precisa descobrir a si mesmo.
A tecnologia é apenas ferramenta. Utilizá-la é imprescindível, mas a ferramenta que abre novos horizontes pode ser você mesmo”.

Esse é um dos depoimentos apontados no Estudo OPEE 2023 com educadores brasileiros: educando na era digital.

 

Segundo o professor e psicoterapeuta Leo Fraiman, autor da Metodologia OPEE, muitas evidências robustas têm nos ensinado que, em uma era digital, o ser humano se torna o grande diferencial na educação. Ironicamente, quando tantas pessoas correm atrás de telas e de tecnologia, muitas vezes, às cegas ou com pouco embasamento científico de sua eficácia, isso não necessariamente se reflete em uma melhor performance dos estudantes. A tecnologia facilita muitos âmbitos da nossa vida, mas quando usada com precaução. É essencial incentivarmos a presença autêntica, treinar o foco no presente e nas pessoas, além de reaprender a ‘desligar’ e repousar a mente.

 

“A educação em tempos digitais não é sobre vigiar, punir ou controlar. É sobre cuidar, amar e proteger as crianças e jovens para que, a partir de relações humanas saudáveis e equilibradas, cresçam de forma integral e integrada”

Leo Fraiman, autor da Metodologia OPEE.

 

O Estudo OPEE 2023 teve bom destaque na mídia. Confira:

Mariana Kotscho | UOL – A tecnologia favorece o bullying dentro das escolas?

Estadão – Pais e educadores devem “fazer as pazes com o não” para combater excesso de telas

Youtube – Programa Gente Que Fala 

Folha de Pernambuco – Pesquisa aponta percepção negativa em relação ao impacto da tecnologia no desenvolvimento infantil

GPS Brasília – Dia do Professor: o lado negativo do uso da tecnologia na educação

VIP MAG – Dia Mundial de Combate ao Bullying: pesquisa mostra que para mais de 80% dos educadores brasileiros, práticas violentas são favorecidas pela tecnologia

WSCOM – Pesquisa nacional com educadores aponta percepção negativa em relação ao impacto da tecnologia no desenvolvimento do comportamento infantil e juvenil

EXPRESSOPB – Pesquisa nacional com educadores aponta percepção negativa em relação ao impacto da tecnologia no desenvolvimento do comportamento infantil e juvenil

Repórter HOJE – Dia do Professor: pesquisa inédita aponta percepção negativa do uso da tecnologia na educação

Blog Coisas da Vida – Pesquisa nacional com educadores aponta percepção negativa em relação ao impacto da tecnologia no desenvolvimento do comportamento infantil e juvenil

RedeGN – Dia Mundial de Combate ao Bullying: pesquisa mostra que para mais de 80% dos educadores brasileiros, práticas violentas são favorecidas pela tecnologia

Bom Dia SC – Pesquisa evidencia relação entre tecnologia e práticas violentas

Rádio EBC – Qual é o impacto da tecnologia na educação?

Nidde Digital – Combate ao Bullying: pesquisa mostra que para mais de 80% dos educadores brasileiros, práticas violentas são favorecidas pela tecnologia

Jornal Escola Particular

Blog Jornal da Mulher – Segundo a OPEE Educação, 32,07% dos educadores brasileiros utilizam a tecnologia na sala de aula, sendo que essa frequência é justificada pela maioria (48,40%) devido à disponibilidade de recursos tecnológicos da escola

Podcast – A importância de saber dizer NÃO

Linkedin – Publicação de Paulo Fernando Silvestre Jr.

Guia das Escolas – Pesquisa com educadores aponta percepção negativa sobre o impacto da tecnologia no desenvolvimento do comportamento infantil e juvenil

Linkedin – Parte da sociedade brasileira vê o professor como mero serviçal sem autoridade

Educação em Pauta – Os impactos da tecnologia no desenvolvimento de crianças e adolescentes

 

Saiba mais sobre o “Estudo OPEE 2023 – Educadores Brasileiros:educando na era digital”

Em sua segunda edição, a pesquisa, realizada em setembro de 2023, com educadores de escolas públicas e privadas, foi desenvolvida pela OPEE Educação e executada pela Mercare! Educação, com o objetivo de diagnosticar o cenário pedagógico e escolar brasileiro nos últimos 12 meses sobre essa temática.

O estudo, que contou com 1.746 respondentes – mais de 50% professores – de todas as regiões do país, apresenta um conteúdo expressivo sobre a percepção dos educadores em relação à era digital e como a tecnologia pode impactar na formação e no desenvolvimento dos comportamentos infantil e juvenil.

 

O uso de telas por crianças e jovens

Quando perguntados sobre o uso da tecnologia pelas crianças e pelos jovens, 97,02% dos educadores responderam que as crianças e os jovens estão usando excessivamente as telas sem acompanhamento familiar.

A inteligência artificial (IA) vem ganhando cada vez mais destaque nos diversos setores, inclusive no de educação. Ferramentas como o ChatGPT, chatbot de inteligência artificial desenvolvido pela OpenAI, respondem dúvidas, criam histórias, resolvem problemas e muito mais — tudo isso com uma linguagem semelhante à humana.

Nesse sentido, outro dado interessante que a pesquisa evidencia é que 43,81% dos educadores afirmam que o tema da utilização de recursos como inteligência artificial por parte dos alunos é debatido com frequência, visto que é uma preocupação em relação à aprendizagem.

 

Tecnologia na sala de aula

A pandemia da Covid-19 acelerou muitos processos, como o maior uso da tecnologia, em um momento de isolamento social, cuja alternativa foi adaptar a realidade presencial à remota. Na sala de aula, isso não foi diferente: a tecnologia ganhou ainda mais espaço.

Diariamente, 32,07% dos educadores relatam utilizar a tecnologia em sala de aula. E essa frequência é justificada por 48,40% dos profissionais devido à disponibilidade de recursos tecnológicos da escola. Já em relação ao uso de celulares e de tablets nas salas de aula, 45,59% dos educadores permitem, mas estabelecem uma aplicação consciente.

“A OPEE considera que há ganhos sim no uso da tecnologia, mas considerando o dado de que o Brasil tem sido um dos países cuja população fica mais tempo diante de telas por dia, precisamos urgentemente entender que se ‘em terra de cego quem tem olho é rei’, como diz o ditado, em tempos de tecnologia, quem tem humanidade se torna soberano sobre seu destino”, explica Silvana Pepe, diretora-geral da OPEE Educação.

 

Bullying e tecnologia

A pesquisa revela, de forma ampla, que os educadores consideram que impactos da tecnologia no desenvolvimento do comportamento infantil e juvenil são mais negativos (67%) do que positivos (33%). Dentre as grandes consequências desfavoráveis, estão a redução da interação e da convivência entre os pares (30,20%) e a dificuldade de concentração e foco (29,86%). Já os impactos positivos de destaque são a facilitação do aprendizado (44,68%) e o melhor rendimento escolar (22,70%).

Vale também destacar que para 80,87% dos educadores, o bullying e o cyberbullying são práticas favorecidas pela tecnologia. Essas práticas violentas vêm ganhando amplitude no país, como mostra o estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apontou que um em cada dez estudantes sofre com o cyberbullying, marcado por ofensas praticadas pela internet.

 

Motivação do educador

Na primeira edição do estudo, em 2022 a avaliação média de motivação dos educadores em relação à própria carreira foi de 7,7. Já na pesquisa deste ano, o índice caiu, chegando aos 7,4. Dentre os grandes estímulos dos educadores estão: propósito e impacto gerados (46,79%), gosto pelo que é feito (35,85%), competência (12,08%) e garantia do sustento (5,27%).

Em resumo, a maioria dos educadores brasileiros é movida pela paixão. O propósito e o impacto da educação na vida de crianças e jovens ao redor do país é o que os mantêm na profissão.

“Evidências robustas têm nos ensinado que em uma era digital, o ser humano se torna o grande diferencial na educação. Ironicamente quando tantos correm atrás de telas e de tecnologias, muitas vezes às cegas ou com parcas evidências científicas de sua eficácia, isso não necessariamente se reflete em uma melhor performance dos estudantes”, explica Pepe. 

 

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Texto: Mercare! Educação.